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Inteligência Artificial, quem vai ficar com os nossos trabalhos?

Atualizado: 14 de jan. de 2021

A questão é uma das mais repetidas quando se aborda o tema da inteligência artificial (I.A.), mas será que por cada revolução as inquietações se mantêm?





A minha intenção não é a de transformar este artigo numa aula de história, mas aproveitando a teoria da história cíclica - que se baseia na ideia de re-acontecimentos, episódios que voltam a tomar palco independentemente da intervenção do seu acontecimento exemplar passado. Confuso? Deixo aqui um vídeo que explica melhor:




Retomando, partindo da ideia que a história se repete podemos supor que quando primeiramente a revolução tecnológica da época do século XII - a de siderurgia, e posteriormente quando a Revolução Agrícola tomou pulso no século XVII, e mais tarde a Revolução Industrial (século XVIII) o ser humano voltou a ter receio de se tornar obsoleto para os próprios processos que criou. Não é então de estranhar que a inteligência artificial seja percecionada por algumas pessoas como a nova era em que os robôs vão substituir sem dó e piedade os seus criadores.


Esta ideia tem sido alimentada de tal forma que Hollywood está repleta de argumentos que exploram os poderes da aplicação da inteligência artificial para o bem e para o mal:


Nos anos 70 olhavámos para o espaço com uma visão de futuro na 2001: A Space Odyssey (1968) de Stanley Kubrick e entrámos no mundo da saga de Star Wars que nos presenteou desde 1977 com o seu R2-D2 e C-3PO que já nos mostravam as capacidades da IA.


Nos anos 90 e na entrada do novo milénio conhecemos o cyberborg The Terminator (1984), o Neo de Matrix (1999), e o Steven Spielberg deu-nos o A.I. Artifical Intelligence (2001) , uns anos depois veio a Ex Machina (2004) e várias séries como a Person of Interest (2011-2016) e The Humans (2015-2018), assim como a exploração emocional de Her (2013) e o mais recente Upgrade (2018).


E isto para não entrar nos universos da Marvel, DC Comics e Disney que estão recheados de super heróis apetrechados de poderes artificias e inteligentes.


 


O que é a Inteligência Artificial?


Explicando de forma muito simplista a inteligência artificial trata-se da simulação de processos de inteligência humana por máquinas, em particular sistemas de computador. Esta tem várias aplicações, das quais destaco: sistemas especialistas, processamento de linguagem natural (PNL), reconhecimento de fala e visão de máquina.


A programação de IA foca-se em três aptidões cognitivas: 1) aprendizagem, 2)raciocínio e 3)autocorreção.


1) Processos de aprendizagem: concentram-se na aquisição de dados e na criação de regras para transformar os dados em informações acionáveis. As regras, chamadas de algorítmos, fornecem aos dispositivos de computação instruções passo a passo sobre como concluir uma tarefa específica.


Esta competência está relacionada com o termo machine learning que é um tipo de inteligência artificial que possibilita com que as aplicações de software sejam bastante precisas na previsão de resultados, mesmo que não tenham sido detalhadamente programadas para isso.


Alguns exemplos de machine learning:


  • Recomendações online de produtos dos sites de vendas

  • Anúncios em tempo real nos websites

  • Resultados personalizados apresentados no feed das redes sociais

  • Recomendações de séries e filmes da Netflix

  • Otimização de pesquisas online e dos seus resultados

  • Filtragem de spam no e-mail

  • Deteção de fraudes e invasões

  • Reconhecimento de voz e semântica (natural language processing)

  • Reconhecimento de objetos e textos


2) Processos de raciocínio: centram-se na escolha do melhor algorítmo para alcançar o resultado desejado.


3) Processos de autocorreção: têm o objetivo de ajustar continuamente os algoritmos e garantir que eles forneçam os resultados mais precisos possíveis.



 


Exemplos reais da aplicação da Inteligência Artificial?


Eu sou fã de AI e no meu quotidiano tenho a minha assistente pessoal virtual - via Google Home e smartphone, e estou num processo de home automation ou seja a tornar a minha casa numa smart home tanto quanto possível e os meus recursos me vão permitindo.


Em termos de assistentes virtuais temos várias opções. Como não tenho conteúdo promocional deixo aqui alguns exemplos de diferentes marcas para ser o mais justa possível:


Google Home / Google Nest




Estas assistentes virtuais podem auxiliar em tarefas simples do dia a dia como a pesquisa por voz, escrita de mensagens texto por voz, fixar lembretes, alarmes, agendamentos, etc


É também possível conectar estes dispositivos com outras aplicações e aparelhos inteligentes para se poder comandar e programar por voz a sua usabilidade, tais como: a televisão através do Chromecast no caso da Google Home, as lâmpadas, tomadas e estores inteligentes, entre outras.



E no mundo do trabalho? É desta que ficamos sem emprego? Claro que não! Mas vão-nos dar uma grande ajuda em termos de tempo, custo e produtividade a longo prazo. Podemos largar as tarefas mais repetitivas para as máquinas.


Alguns exemplos:


O impacto da inteligência artificial na moda


Começam a surgir modelos digitais e influenciadores.

Em meados de 2017 surgiu a Lil Miquela uma modelo brasileiro-americano de 19 anos, influenciadora e música, que acumulou seguidores (mais de 2 milhões no Instagram!!), não existe a não ser no mundo digital. Foi criada artificialmente mas é uma influencer que já foi cara de várias campanhas para grandes marcas como a Calvin Klein, Prada e Givenchy.


Mas esta não é a única nem a primeira ver que a AI se destacou na moda. Em 2016 já o estilista Hatsune Miku introduziu a AI à haute couture!


E este ano a Sinead Bovell, uma super modelo digital entrou em cena que não passa de uma construção 3D que desenvolvida por uma empresa mas que está a arrecadar trabalhos em grandes marcas como a Bailmain.


A inteligência artificial na cozinha


A Miso Robotics introduziu um braço robótico que é um bom ajudante de cozinha! Esta solução já com alguns anos tem sido cada vez mais implementada principalmente potenciada pela pandemia Covid-19, ora vê:





Por hoje ficamos por aqui, mas este tema tem muito por onde explorar.


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Saudações digitais,

Joana Feliciano






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